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Jornalismo e mídias digitais: parceria que dá certo

O jornalismo sempre teve como função primordial informar e com base nisso ser capaz de formar opinião e transformar crenças e comportamentos. Nos últimos anos, ele mesmo foi impactado pelas mudanças globais na maneira de consumir informação e, como se bebesse do próprio veneno, o jornalismo tradicional entrou em crise e perdeu espaço para o conteúdo das mídias digitais.

As novas mídias trouxeram dinamismo e interação imediata que jornal, TV e revista não conseguem acompanhar. Rádio um pouco menos, com o detalhe de o público se distinguir por uma faixa etária mais alta que ainda não migrou totalmente para a Internet.

Muitos veículos não aguentaram o impacto nas receitas e tiveram que fechar as portas. Chegou-se a questionar se seria o fim do jornalismo e, consequentemente, da profissão de jornalistas. Era a vez dos influenciadores digitais e produtores de conteúdo on-line, que se multiplicaram e dominaram as redes atingindo milhões de pessoas com um único post em questões de minutos. Uma revolução no modo de fazer comunicação. Ao mesmo tempo em que houve uma democratização da informação, não demorou para chegar a onda da banalização dos fatos e das fakes news.

Veio a necessidade de questionar as fontes e resgatar a confiança nos profissionais. Não nos moldes de antigamente, mas conectando o melhor dos dois mundos: recursos e inovações da tecnologia que apuram e distribuem a informação de forma atrativa com as técnicas e ética do jornalismo.

A essência do jornalismo se mantém, mas os processos e os meios de transmissão se reinventaram. A notícia pode alcançar uma visibilidade muito maior e conquistar uma audiência mais interativa, tanto de forma massificada como segmentada. Está aí a mágica das plataformas digitais: o uso de dados para melhor adaptar o seu conteúdo e ampliar a sua voz.

Há ainda o fato de não se limitar a uma única forma de narrativa, transitando por texto, foto, vídeo, infográfico, link, podcast, etc. O jornalismo ganhou um aliado e não um concorrente desleal. Questão de adaptação e até de gosto, como no caso do rádio.

A realidade é que o futuro será multimídia e sempre precisará de informação com credibilidade. Um não sobreviverá sem o outro.

Kátia Gomes, editora

Os desafios e perspectivas da mídia impressa

No dia 21 de março, a Refinaria de Ideias marcou presença no fórum promovido pela ANER – Associação Nacional de Editores de Revistas para discutir “Os desafios da mídia impressa”. O evento reuniu cerca de 130 participantes e contou com palestras de alguns expoentes do mercado gráfico, publicitário e editorial, entre eles Fabio Arruda Mortara – presidente do Sindigraf SP –, Marcelo Serpa sócio e diretor de criação da  AlmapBBDO – e Daniela Falcão – Diretora de Redação da Revista Vogue.

Durante todo o dia, foram levantadas algumas análises sobre o mercado editorial a partir dos reflexos da economia brasileira, além de discutir novos modelos de trabalho em equipe e de otimização da verba; novos formatos de distribuição/audiência e assinaturas; a importância em criar conteúdo relevante e especializado; a necessidade em ousar no layout das capas e ainda sobre a urgência e atenção em disponibilizar as publicações em diferentes plataformas.

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Ernani Paciornik, presidente e editor da Revista Naútica, e Daniela Falcão,diretora de redação da Vogue durante  o evento

De modo geral, os convidados enxergam vida longa às revistas, com a ressalva de que elas saibam se reinventar e sair da posição de conformismo e apatia em relação aos meios digitais, como se as mídias sociais às tivessem fadado à extinção. Um pensamento equivocado, segundo Marcelo Serpa.

Impresso x Digital

O publicitário provocou uma boa reflexão ao atentar que as redes sociais nasceram e ganharam espaço por serem um território livre e gratuito. Hoje elas deixaram um pouco esta ideologia de lado para serem “mais uma” mídia, na qual para se destacar e ter relevância há um preço a se pagar como em qualquer outro veículo de comunicação. “Elas chegaram ao fim da experimentação. Agora é o momento da monetização”.

O presidente do Sindigraf também fez esta constatação ao relembrar a frase de Nizan Guanaes: “Sabe o que o digital está fazendo melhor? Vendendo o digital. O Facebook é craque nisso, o Twitter é craque nisso e o Google é craque nisso”. Fabio defende que as revistas impressas possuem o diferencial de serem atraentes, práticas e sustentáveis, mas pecam por não saberem se autopromover.

Oportunidades Comerciais

Um dos convidados, Diego Oliveira, diretor de contas da Ipsos Connect (terceira maior empresa de pesquisa e inteligência de mercado do mundo) apresentou alguns dados do meio que revelam  sua consolidação e podem ampliar as perspectivas de atuação.

  • 41% Classe AB

    57% Mulheres ⇒ destas 79% fazem compras para casa ⇒ das quais, 49% decidem a compra

    60% 20 a 49 anos

    85% dos leitores mantém atenção exclusiva no veículo, ou seja, não veem outras mídias simultaneamente

    A cada 10 pessoas, 5 delas criam vínculo com a marca editorial

    Revista é o terceiro (48%) veículo de maior credibilidade, atrás apenas do rádio e do jornal

Fonte:Ipsos Connect/EGM Multimídia – jan a set 2015

Kátia Gomes, editora

 

Revistas customizadas: garantia de vida longa ao marketing da sua marca

A máxima “não coloque todos os ovos em uma única cesta” ganhou ainda mais importância em tempos de crise e, admitamos, de inconstância no mundo virtual.

Os segmentos de serviçovarejo, principalmente, já perceberam que ficar de fora da Internet e de aplicativos mobile é abrir espaço para a concorrência. Perceberam e pararam por aí.

Quem não se lembra do pânico gerado em dezembro do ano passado quando o aplicativo WhatsApp foi bloqueado no Brasil por uma determinação judicial? O susto para quem fecha suas vendas à distância durou menos de dois dias, mas serviu de alerta para a necessidade de pluralizar os canais de comunicação e garantir a fidelização do cliente.

Eleger um único meio de comunicação para venda, ou mesmo para divulgação da sua marca, baseado exclusivamente na sua agilidade e gratuidade, é tornar-se refém da própria estratégia de marketing que de uma hora para outra pode deixar de existir (Orkut, MSN, Fotolog, Ipod disseram adeus bem rápido). Para o relacionamento com seus stakeholders e todo seu material de trabalho não ficar na mira da extinção, o lema é diversificar e diferenciar!

Como 

Entender exatamente a informação que seu consumidor, colaborador, fornecedor ou parceiro precisa é o primeiro passo. Para isso dá-se o nome de conteúdo customizado, também conhecido como content marketing, branded content e custom publishing ou em bom português: conteúdo personalizado, direto no seu foco de atuação e no seu público-alvo.

O conteúdo customizado pode ser produzido tanto para plataforma digital como impressa com teor informativo ou de entretenimento, sempre fundamentado nos valores da marca e apresentado de uma forma atraente. Em países como Inglaterra e Estados Unidos, pesquisas revelam que o suporte mais utilizado para customizar conteúdo é a revista.

Vantagens

As revistas customizadas além de proporcionarem total autonomia à marca sobre  a vida útil do veículo também conseguem fazer a junção de duas áreas: jornalismo e marketing. Isto significa associar informação e prestação de serviço aos interesses comerciais e mercadológicos, atingindo de maneira sutil, eficiente e efetiva determinado público.

Elas podem trabalhar em sintonia e de forma complementar às outras mídias como Facebook e Instagram, mas levam uma significativa vantagem na disputa por atenção quando se trata de forma e conteúdo.

Uma revista customizada é produzida inteiramente para refletir o estilo de vida do público-alvo e reforçar a imagem e o posicionamento da marca por meio de pauta, layout e linguagem cuidadosamente estudados e transmitidos de uma maneira mais simpática e pessoal.

Presentear seu público com um material sofisticado, como é uma revista customizada, pode causar uma impressão mais positiva e gerar uma relação mais duradoura do que apenas contar com a sorte dos posts da sua marca aparecerem no feed das redes sociais no momento certo sem precisar pagar por cada um deles. Resumidamente, sobre as vantagens de ter a própria revista:

  • Prestadoras de serviços (bens intagíveis) conseguem materializar sua marca;
  • Enfatizar o posicionamento da empresa;
  • Intensificar o relacionamento com os stakeholders;
  • Tornar os valores e filosofia da marca mais concretos;
  • Beneficiar a imagem institucional;
  • Criar uma maior intimidade entre marca e consumidor;
  • Atrair novos clientes;
  • Gerar novos negócios e ampliar as vendas.

As revistas podem não ser mais tão rentáveis nas bancas de jornais e não atingir a grande massa da população, mas para muitas empresas, de segmentos bem diversificados, continuam sendo uma ótimo opção de comunicação dirigida devido ao valor agregado e ao status de artigo colecionável, capaz de gerar desejo no leitor fazendo-o aguardar a próxima edição.

Vale a pena pensar a respeito e pulverizar seus investimentos em marketing.

Quer ter a sua revista?

Kátia Gomes, editora

A comunicação no ambiente corporativo

Comunicação Empresarial

A comunicação correta integra equipes e às sintonizam com os objetivos da empresa

A partir de uma comunicação assertiva, os departamentos se inteiram sobre as metas e as necessidades da empresa e interagem mais ativamente a favor delas. A maneira como cada informação é transmitida e o meio utilizado – revista, newsletter, mural, intranet, redes sociais – podem contribuir tanto para o aumento das vendas de um produto recém-lançado como otimizar recursos ou ainda motivar o funcionário de baixo desempenho durante uma campanha interna, entre outras vantagens.

Quem deve fazer esse papel?

O jornalista é o profissional mais indicado para transitar por todas as áreas da empresa em busca de potenciais focos de notícia. Sua principal responsabilidade é identificar a abordagem dos assuntos e comunicá-los aos colaboradores.

Este profissional tem as qualificações necessárias para traduzir, em uma linguagem acessível para públicos distintos, a palavra do presidente e demais gestores e pessoas de cargos estratégicos sobre os mais diversos temas que permeiam o dia a dia e filosofia da corporação. Também faz parte da sua rotina dar voz aos colaboradores das áreas operacionais.

Resultados esperados

O funcionário que se sente peça fundamental nas decisões da empresa e percebe um tratamento humanizado e transparente, invariavelmente, “veste a camisa”.  Para isso existem os veículos de comunicação interna que têm como objetivo indireto melhorar o desempenho no mercado e gerar mais rentabilidade para a corporação. Na visão dos colaborares: maior lucratividade pode ser sinônimo de aumento na participação dos lucros ou mesmo melhoria de salários e condições de trabalho. Todos ficam satisfeitos.

Um ambiente de trabalho produtivo e em harmonia é perceptível além dos muros do escritório, dos comércios e das indústrias, alcançando o conhecimento do cliente. E quem não prefere tratar de negócios ou consumir produtos e serviços com uma empresa justa, honesta e feliz?

Kátia Gomes, editora